Reflexões

Theo Fagundes

AOS MEUS MESTRES, COM CARINHO...


Se você for "músico" agradeça com gentileza à todos os elogios que lhe fizerem, mas jamais aceite-os em seu coração: não confunda sensação com opinião técnica.

Elogios são ,geralmente, uma mentira em relação ao que verdadeiramente você pode fazer...e onde pode chegar.

No fundo, sabemos e falamos para nós mesmos: "isso tá uma merda, e precisa muito ser melhorado".

No auge de muita empolgação, alcool, falsidade, péssima referência musical,e afins, as pessoas dizem muitas coisas: no dia em que acreditar no que dizem ao seu respeito, será o dia da morte de seu crescimento.

Você tem "espelho" em casa, e não precisa que ninguém lhe "aumente" a auto-estima: deixe isso para os livros de "auto-ajuda".

Reitero: agradeça carinhosamente às pessoas pelos elogios;porém, somente tenha como conselho o que vier de um mestre.

Como saber quem são os mestres? Não precisará de muita coisa: eles são pouquíssimos, raros na execução tal como em seu proceder. Ouça-os, reverencie-os,respeite-os, renda-se às críticas, aceite as sugestões, e cresça: quem sabe um dia estará em um lugar junto à eles.

Continuarei aqui, aprendendo e honrando aos "meus mestres", que me ensinaram e ainda ensinam-me muito , de perto ou não, sabendo que aprendo com eles ou às vezes nem imaginando que cada vez que os vejo é uma aula; principalmente no exercício do carinho, humildade,simplicidade, compartilhamento, destemor em relação ao talento alheio, nunca sentindo-se ameaçados,antes, estendendo gratuitamente o que gratuitamente receberam de Deus.

Meu carinho e honra aos meus exigentes, protetores ,e notáveis inspiradores na Música:

- Wellington Johnson, meu maior Mestre (Escola De Música Evangélica);
- Jaffet Ornellas (o padrinho, que me "batizou" com um de seus milhares de chapéus), mestre da originalidade;
- Victor Rosa, o mestre "mafioso" (risos);
- Belcorígenes Júnior (mestre da dicção e da sensibilidade na execução);
- Emerson Mozart (mestre "surpresa", pois o reconheci muito mais acessível e simples do que me pintaram);
- Danilo Bruno, e aquela pôrra de "ovo-metrônomo" (mestre do estímulo e do companheirismo);
- Sandro Lima Lima (uma aula de simplicidade e criatividade) ;
- Leo Jorge Rebouças ,chato, ranzinza,exigente, às vezes até neurótico, rsrsrs... mas me adotou como a um filho (mestre do ritmo,e a "mão direita mais criativa do velho oeste");
- Tiago "Dengue" (in memorian) conversar com ele me proporcionava maior crescimento que 1000 aulas;
- Daniel Mattos e Adilson "Guimarães", Mestres da tolice de acreditar em mim (bem, é preciso muito talento para isso...rsrsrsrs) ;
- Fernando Guimarães, ou Gandalf "O Branco"...Mestre da Perspectiva, Inteligência, Perspicácia e Percepção singulares...
- Cassio Santos Novaes Cruz ,o Mestre do Improviso, Monstro das distorções e caixas valvuladas;
- Silvano Gonzaga; Juba Gonzaga, a Família Cabeção, esses são Mestres Naturais, ensinam tal como respiram;
- Eliseu Santos, um maestro no entendimento de construções harmônicas para vocais;
- Neto Mendonça, amigo, incentivador, talentosíssimo, louco e desvairado o suficiente para ser meu grande amigo, e um dos maiores incentivadores;
- Jack Sperrow (Betinho, da "Toca do Som") mestre em "complexizar coisas simples" rsrsrs, sou fã;
- Augusto Neto (meu batera), compartilhador de uma paixão e ambição que sempre me estimulou, meu mestre das "síncopes";
- Tainá Wanny ( a melhor e maior cantora entre todas as que conheci), eu queria ser você, mas sem ser mulher, e nem noiva de Eric. Simplesmente a "Cabeçona" mais criativa e apaixonada que já conheci: compõe, arranja, executa, tudo isso com tamanha precisão, técnica, sensibilidade, arrôjo... e sem saber tocar nenhum instrumento profissionalmente. De fato, é uma "Cabeça Extraterrestre", rsrsrsrs ;
- Tatau Lua, um dos maiores instrumentistas baianos nos últimos 30 anos, e com a paixão e empolgação de um "Cara do BNH"...rs. "Mestre da Perseverança, da superação, do Ressurgimento...". Muitas saudades, Tatau !!!

Muito obrigado! Cada de um de vocês, à sua maneira, fizeram com que a minha vida ganhasse um significado cheio de beleza, esperança e superação; pois se posso afirmar que O ÚNICO prazer que tenho na vida advêm da Música, posso garantir: minha vida seria uma "des-graça" sem vocês.

Mestres de longe, mestres de perto, alguns são "mestres-amigos", outros "mestres-rixas" (rsrsrs), mas reconheço a importância e o acréscimo que me proporcionam obter.

Em algumas semanas deixo para trás esse negócio de "Theo Fagundes", e volto a viver a simples e comum vida de "Matheus Patrick Santos Fagundes"; mas levarei vocês e o que aprendi com cada um , em meu coração.

Que Aquele que aos homens doou gratuitamente a dádiva da música, os recompense, os retribua...e os satisfaça em tudo o que for necessário.
Um beijo no coração...

Matheus Patrick Santos FAGUNDES. (Músico, compositor)

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Pr. Alcino Moreira
        Agora nos braços do Pai


Viemos do pó e ao pó voltaremos!... mas quando?... e como?
Costumamos dizer que "entregamos tudo nas mãos de Deus". Ele nos fez à 
sua imagem e semelhança e, sendo assim, cremos que Ele tem e sempre 
terá o melhor para nós, seus filhos. Vivemos dizendo também, "seja feita a 
vontade de Deus", mas até que ponto desejamos isso?
Será que, em algumas circunstâncias, não "limitamos a liberdade"do Criador, 
entregando nas mãos Dele apenas assuntos irrelevantes?
Quando vemos um filho, filha, pai, mãe ou outro alguém muito querido entre 
vida e a morte, costumamos dizer, do fundo  do coração, "seja feita 
vontade de Deus", ou "apenas" exigimos a cura desse alguém, não nos 
importando com a real vontade do Pai? 
Cada um examine-se a sí mesmo, todavia, tivemos muito recentemente
um exemplo de real dependência, regada com obediência, 
submissão e muita humildade.
Quem esteve em nossa igreja (Comunidade Evangélica Nação Santa) 
durante período em que o corpo do Pr. Alcino esteve sendo velado pôde 
perceber claramente o posicionamento de toda a família enlutada.
Glória a Deus, aleluia, obrigado Senhor, entre outras palavras de 
engrandecimento e adoração a Deus, era o que se ouvia dos lábios quase 
sempre alagados pelas lágrimas que desciam.
Mas como agradecer a Deus por ter "tirado de nós" alguém tão 
importante e amado?
Posso garantir que não foi nada fácil fazê-lo, pois sei o quanto
nosso pastor era dedicado à sua linda e abençoada família.
Entretanto a dor por ela sentida não foi suficiente para que a soberana 
vontade de Deus fosse questionada, em nenhum momento ou circunstância.
Foram cerca de 36 horas de culto, quando o nosso Deus foi adorado, 
enquanto os presentes puderam, ao mesmo tempo, dar um "até breve" ao
homem de Deus que já descansava no Senhor.
Queremos agradecer a todos os que estiveram em oração pela cura do 
nosso pastor durante todo esse tempo de angústia que passamos, tendo a 
certeza de que nada foi em vão, ao mesmo tempo em que pedimos que 
continuem orando, agora pela família, suplicando ao Pai que conforte 
cada um e renove suas forças, minimizando os efeitos da saudade e 
os encorajando e capacitando para dar continuidade à obra que o Senhor 
os confiou, realizando assim, também os desejos do anjo da igreja.

Que Deus os abençoe.

   Prof.  W. Johnson   

 
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Técnica ou Unção?

     Esta é uma indagação muito pertinente, principalmente nos dias de hoje, quando a igreja do Senhor tem, a cada dia que passa, mais "músicos" e equipamentos de som. Realmente Deus tem abençoado sua igreja com recursos, tanto financeiros, quanto humanos, entretanto, resta-nos saber se tais recursos estão mesmo sendo usados da forma que Êle, o Senhor espera. 
Reconhecemos que em alguns países (como no Brasil) as igrejas estão cheias de "levitas", enquanto que em outros eles ainda são muito poucos e às vezes até nenhum.Todavia, em ambos os casos há muitos irmãos buscando brava e incansavelmente se preparar para a realização do sonho de poder servir, da melhor forma, no campo da música, sem que ninguem os perceba. 
    Se perguntarmos em nossas igrejas quem deseja ingressar no ministério de louvor, seguramente a grande maioria das pessoas se colocará à disposição, e, sem dúvida, no meio dessa provável multidão, haverão alguns futuros bons músicos e ministros "aprovados". Mas como reconhecê-los?

   É muito comum, quando na formação do ministério de louvor, ou mesmo na sua ampliação, seus líderes observarem a "vida com Deus" do supostos candidatos, orarem e jejuarem, buscando de Deus confirmação sobre quem devem escolher (o que é expressamente recomendável), e, sendo descoberto quem no meio deles tem uma vida exemplar, está presente, pontualmente em todos os cultos, reuniões e baptismos, alem de ler a bíblia e orar como ninguem e, de preferência falar em linguas estranhas, ai sim, está aprovadíssimo(a).
   Mas, e quanto a suas "principais atrubuições" no ministério em questão? Ora, vamos lá...
   O integrante do ministério de intercessão tem como principal atribuição orar, intercedendo por vidas e causas específicas;
   O do ministério diaconal, por sua vez, deve principalmente servir na manutenção e bom funcionamento da igreja;
   Já o membro do ministério de dança, como já diz o próprio nome, ministra ao coração do pai em forma de expressão corporal;
   Enquanto o ministro de louvor... bem esse deveria cantar ou tocar com exelência, como todos os integrantes dos demais ministérios, mas lamentavelmente não tem sido bem assim (com raríssimas excepcões).
   Quando falamos em exelência pensamos no que há de melhor, mais puro e, se possível, perfeito.
   Até concordo que devemos ter o cuidado de tentar detectar se os irmãos "cheios de unção" têm algum jeito para a música e penso que é muito mais prudente aceitar no ministério de louvor pessoas que, tendo algum jeito para a música seja "cheio de Deus" do que quem seja "cheio de musicalidade", mas que não demonstra ter muita vontade de crescer espiritualmente. Contudo há de se ter "olhar de Deus" para não falhar no diagnóstico em nenhum dos casos, evitando assim cometer erros muito difíceis de serem reparados.
   Irmãos, "crentes à toda prova", que foram convidados a ingressar no ministério de louvor da igreja porque gostam de cantar ou simplesmente "por achar os louvores lindos" ou obreiros que, se possível, dariam a vida pelo evangelho, mas que não têm a minima noção musical, ou até pessoas que, mesmo sabendo que não levam nenhum jeito para a música, aceitaram o convite para integrarem o ministério de louvor, simplesmente porque alguem da liderança disse-lhe que "sentiu de Deus" o desejo de convidá-lo, o que o fez crer num verdadeiro "milagre".
   Mas porque estamos cheios de "ministros de louvor" que estão no lugar errado?
   Já ouvi, por diversas vezes de líderes de louvor que, quando questionados a cerca da má qualidade musical dos musicos e cantores a seguinte frase: "O importante é ter unção", ou " "importa que o dono da festa aceite".
   Realmente, o nosso único objetivo deve ser fazer com que o Pai receba nosso louvor, ofertando-lhe aroma suave... mas, muitas vezes, o cheiro que enviamos para o seu trono não é bem o que podemos chamar de suave.
   Músicos que tocam com seus instrumentos desafinados (quase sempre por não conseguir percebê-lo), cantores que mais gritam do que cantam e outros que "afinam de vez em quando", instrumentistas que tocam "certinho", mas que, cheios de si, achando que já sabem o bastante para tocar o coração do pai, nao se permitem crescer e, quem sabe, reparar o erro cometido por quem o convidou para ingressar no ministério... essa tem sido nossa realidade (II Tm 2:15).
   Esse despreparo se dá, em parte, pela falta de recursos para investimento num correto aprendizado (reconheço), mas são fraglantes os casos de levitas totalmente desinteressados no crescimento musical, sem nenhum zelo com o ministério que "Deus o confiou", o que demonstra que, muito possivelmente, "se não estão no lugar errado, chegaram fora de tempo".
   Nosso objetivo, nem de longe é fazer comparativos entre técnica musical e a unção que vem de Deus. Aliás, o que nós realmente queremos é evitá-lo, mostrando que técnica e unção são coisas completamente distintas, mas totalmente indispensáveis para nós, ministros de louvor que devemos ter a coragem de admitir que não basta ter apenas uma delas.
   Acreditamos que Deus capacita os que Ele escolhe (quando realmente o faz), mas, por experiencia própria, devo dizer que são raríssimos os casos de pessoas que chamamos autodidactas, mas que, na verdade, receberam de Deus o dom para desempenhar uma função específica no Reino. Sendo assim, não seria nenhuma heresia dizer que "Deus não quer ser professor de música particular de ninguem", ou seja, não adianta por na cabeça que vai ser ministro de louvor, quando não se tem nenhuma aptidão para música e não se pretende estudar para conseguí-lo, e isso, apenas por achar que Deus vai o capacitar ou, quem sabe, "por ter recebido alguma profecia" a respeito.
   Mas qual a grande diferença entre a Unção e a técnica?
   É muito simples. A Unção é derramada gratuitamente por Deus a quem a busca. Já a técnica é ministrada por alguem preparado por Deus para fazê-lo.
   As vezes, um culto onde a ministração do louvor não correu muito bem acaba sendo uma benção, mas isso não quer dizer que Deus aprovou o trabalho dos seus ministros. Na verdade, Deus, por sua sensibilidade e fidelidade, derrama sua unção sobre a igreja, honrando a quem realmente deu o seu melhor. 
   Da mesma forma, num culto onde a ministração do louvor pareceu ser perfeita, acaba por não acontecer nada de especial, isso porque os levitas, apesar do preparo técnico, não buscaram a unção de Deus na mesma medida.
   Estejamos pois atentos aos principais requisitos para nossa função no ministério, buscando total equilíbrio entre Unção e técnica, não desprezando, em tempo algum nenhuma delas (Jr 48:10)

   Prof. W. Johnson
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A composição
Por Asaph Borba

O talento que o Senhor me tem dado é o de compor. Desde que me converti, compus mais de 350 ou 400 canções registradas, e tenho dezenas de fitas cheias de músicas, linhas, melodias, sonhos.

Tenho descoberto algumas chaves. Uma por exemplo é que há riqueza no corpo de Cristo, nos irmãos. Eu gosto do Salmo 45:1 "De boas palavras transborda o meu coração. Ao Rei consagro o que compus, a minha língua é como a pena de habilidoso escritor." Me identifico com a versão em português que diz: “Ferve em meu coração palavra boa” Desde que me converti, este tema Jesus Cristo ferve em meu coração, nunca diminuiu, somente aumenta.

Todos nós temos a graça do Espírito que enche a igreja de criatividade. A criatividade em alguns pode ser mais forte, mas é um Dom de Deus para cada pessoa. Uma característica de Deus em nossas vidas é a criatividade.

Você pode compor, todos nós podemos compor. Deus dá este talento a igreja. Quando Paulo em Efésios 5:19 diz: "falando entre vós com salmos, com hinos e cânticos espirituais, não estava falando somente de cantar canções escritas, nem estava falado sobre uma forma de vida para enriquecer, para embelezar.

Para compor são necessárias algumas coisa:

Estar ligado com profundidade ao Espírito Santo. Quando estamos unidos ao Espírito do Senhor, o Espírito, em comunicação com nosso espírito, gera coisa agradáveis ao Senhor. Quando nosso espírito está em comunicação com a Palavra de Deus, a Palavra de Deus se transforma na primeira ferramenta para composição.

Quando há uma união entre o Espírito e a Palavra em nosso coração sai algo. Quando estamos cheios da Palavra de Deus temos o subsidio básico para compor ao Senhor. Fecha teus olhos e pensa em algo que gostarias de dizer ao Senhor agora. Já pensaram? Agora põe isso em tua boca e prepara-te para dizer ao Senhor uma frase, uma expressão. Assim a igreja começou a compor. A base de toda composição é uma palavra que de nossa mente vem a nossos lábios.





Assim Davi escrevia o que Deus colocava em seu coração, e assim escrevo eu, e tenho a facilidade de canta-lo, e você também tem. Todos lembram do que pensaram? Agora eu vou dar um tom, e verão como todos tem uma melodia, todos tem afinação, todos tem voz. Deus nos deu a todos. 

Quando a palavra se junta com a voz, com a língua, com a libertação do espírito há uma composição. Todos podemos compor. Deus valoriza todos, mesmo um pouco. Deus valoriza uma melodia, uma frase, uma palavra que você tenha em seu coração. Há um canto que o Senhor me deu e que cantamos hoje aqui, que somente diz: " Jesus, Jesus, Jesus". Não diz nada mais, mas diz tudo.

Não compomos para homens, não compomos para mostrar nossa música uns aos outros. Quando comecei a trabalhar com Donald eu lhe perguntei: "que tenho que fazer para que os irmãos cantem minhas músicas como cantam as tuas?" E ele me disse:

"cantá-las para Deus. Canta tudo para o Senhor que um dia Deus vai cantar para o povo, e eu cresci aprendendo a cantar com todas minhas forças para Deus. E a dar a Ele tudo o que componho, com diz no Salmo 45: 1 "Dirijo ao Rei meu canto", ao Rei consagro o que componho.

Outra ferramenta é a Palavra revelada a igreja, a "rema". Nosso coração tem que estar de acordo com a palavra "rema" (revelada) nas Escrituras.

Há muita gente que canta coisas raras, coisas que ao serem comparadas com a Palavra de Deus e estão em desacordo, não tem sentido bíblico, nem nenhuma profundidade, somente cantam por cantar. Há alguém que canta no Brasil uma música que o êxito evangélico do momento e fala da Segunda unção. Se não vai buscar na Bíblia onde esta a Segunda unção, não encontra base bíblica para isto.

Não podemos enfatizar coisas que não estão de acordo com a Palavra de Deus, temos que cantar a Palavra de Deus. Devemos compor submissos a Palavra de Deus, mesmo dentro da revelação, "rema" do Senhor.

Eu sou totalmente contra tirar uma melodia do mundo e pôr uma letra evangélica e gravá-la, isto não tem nada a ver com o Senhor. Deus nos deu o Espírito Santo para compor coisas puras e genuínas, nascidas em Deus, geradas em Deus, santificadas no Senhor.

Ferramentas técnicas para fazer da inspiração algo espiritual na hora de compor: 1) Ter um conhecimento básico de música para que o que cantamos esteja dentro de um ritmo e de uma harmonia.

2) Ter conhecimento básico de poesia, de métrica e de rima. Eu li muitas poesias, existem poetas cristãos que tem escrito coisas lindas, como o salmo que lemos "minha língua é pluma de escritos muito rápidos", existem palavras, existem formas de escrever uma coisa de forma mais bela. Podemos estudar as rimas, comprar um dicionário de rimas para sair as tradicionais, e desenvolvermos para ter um coração para compor.

3) Fazer de nossa composição sempre uma linguagem bíblica e acessível aos outros. Não usar palavras que ninguém compreende, palavras arcaicas. Devemos ser sensíveis. O Senhor usa o simples, não necessitamos falar muito.

Alguns aprendem a tocar um instrumento, isto ajuda muito. Para compor ao Senhor temos que dedicar tempo, sem ansiedade, parar, esperar. Eu tenho comigo sempre um gravador com pilhas novas e uma fita, sempre pronto para gravar tudo o que o Senhor dá. Estejamos disponíveis, o Senhor esta falando ao teu coração, dando-te cânticos, música nova, dispõe-te para gravar, para estudar e ser assim uma benção.

Temos que fugir de:

A) mentira: para compor ao Senhor temos que fugir de toda a mentira, cantar o que é verdadeiro. Talvez algo possa ser verdadeiro para Daniel Baker e não ser verdadeiro para mim. Se Daniel compõe uma canção que diz: "eu era um drogado, estava na rua perdido e sem direção". Isto é verdade para ele? Não. E uma mentira não vai produzir vida, em troca essa mesma realidade é verdade para mim.

Quando Rosana e eu começamos a compor música sobre o matrimônio, sobre família, sempre tivemos o cuidado de compor coisas que vivíamos, que podíamos respaldar com nossas vidas e com nosso testemunho, com a maneira em que vivemos. Alguns cânticos deixamos de gravar porque não os estava-mos vivendo, tínhamos a inspiração, sabíamos a verdade, mas se o cantássemos não seria verdadeiro. Em nossas vidas temos que cantar a verdade, sempre.

B) Dos modismos: Temos que fugir dos modismos, não compor algo porque o que alguém esta compondo é bem recebido. Por exemplo, tratar de imitar o estilo de Marcos Witt, Ron Kenoly, Asaph Borba, etc. As composições o que o Senhor dá para ti, tens que ser genuíno.

C) Do mundanismo: Temos que fugir da secularização que tenazmente nos assedia hoje na igreja. Romanos 12:1-2 "Assim irmãos, vos rogo pelas misericórdias de Deus, que presenteiem vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus, que é vosso culto racional e não vos conformeis com este século, sede transformados por meio da renovação de vosso entendimento, para que comproveis qual seja a boa vontade de Deus, agradável e perfeito”. Não podemos tomar a forma deste mundo como igreja, devemos fugir do mundanismo que tenazmente nos assedia na igreja, isto inclui a música.

Deus tem seu próprio estilo de música e muitas vezes não é o que o mundo evangélico está cantando. Ele quer que nós estejamos compondo o que Ele quer falar e não o que as pessoas querem ouvir. Você deve ser alguém que transmite o que esta no coração de Deus.

Concluindo, os tipos de composições que podemos encontrar são de Deus para o homem, a Palavra do Senhor para o homem, do homem para Deus, de homem para o homem e de Deus para o mundo, também pode haver da igreja para o mundo. Estes são os tipos de música na igreja, qualquer coisa que se componha tem que estar dentro disto.

Deus abençoe
Asaph Borba